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 Emissoras investem menos em crianças

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MensagemAssunto: Emissoras investem menos em crianças   Emissoras investem menos em crianças Icon_minitime1Seg Out 13, 2008 1:11 am

Emissoras investem menos em crianças

Gabriela Germano


A Era das louras passou e as emissoras de TV já não investem mais numa programação para baixinhos. Nem mesmo o modelo da apresentadora sexy de shortinhos ou minissaia brincando não faz mais sucesso e tampouco as brincadeiras e jogos para crianças. Com isso, os desenhos imperam praticamente sozinhos nas emissoras abertas. Os profissionais de TV não sabem exatamente o que as crianças de hoje querem ver e preferem não investir para ter pouco retorno. Quem sofre são os telespectadores, que ficam com poucas alternativas, como destaca Mauro Garcia, diretor de Projetos Especiais da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura. "A publicidade infantil migrou para a TV a cabo, que tem público de maior poder aquisitivo. Se não há faturamento, por que as emissoras abertas vão produzir?", desafia.

Murilo Fraga, diretor de programação da Band, também tem um ponto de vista que reforça essa análise. "Os programas infantis impulsionavam a venda de discos e brinquedos. Mas o tempo mostrou que os desenhos eram mais importantes do que as apresentadoras", defende. Atualmente, sua emissora não tem sequer um programa infantil na grade. E, em tempos de pulverização de audiência, eles não pensam em investir nas crianças tão cedo. "No período da manhã, Globo e SBT já apresentam desenhos. Ganhamos mais se oferecermos outra coisa", acredita Murilo.

São poucos os que persistem. Como Renato Aragão, com A Turma do Didi, na Globo. "É um luxo continuar fazendo programa infantil diante da concorrência americana. Faço humor para o povão, ingênuo. Mas sei que perdi uma fatia do público porque a internet deixou as crianças de hoje menos ingênuas", resume o comediante que, nas manhãs de domingo, chega a marcar 15 pontos de audiência com o programa.

A garota Maisa, que comanda o Sábado Animado do SBT, é uma prova de que as crianças de hoje estão realmente menos ingênuas. Com boas sacadas na apresentação ao vivo - o que inclui eventualmente tirar um sarro daqueles que ligam para participar do programa - a menininha já chegou a deixar Xuxa para trás na audiência das manhãs de sábado, marcando 10 pontos. Antes dela, a dupla infanto-juvenil Priscila e Yudi já dava conta do recado apresentando o Bom Dia e Cia, de segunda a sexta, na mesma emissora. Para a diretora do programa Juliana Soares, criança falando com criança possibilita uma maior identificação e é um dos segredos que mantém a dupla na apresentação do programa desde 2005. "As crianças querem se sentir importantes. Elas têm de ser o foco, e não uma apresentadora", reforça a diretora.

Além do SBT, a única emissora da TV aberta que tem algo além de desenhos animados em sua grade é a Globo. Xuxa insiste em trabalhar com os baixinhos, apesar do diretor do TV Xuxa Luiz Gleiser enfatizar que o atual formato do programa é voltado para toda a família. "Para atrair qualquer público, inclusive as crianças, é preciso ser inovador. Hoje em dia elas estão acostumadas a usar computador, controle remoto e celular ao mesmo tempo", descreve ele. Mas apesar das tentativas, a audiência não passa dos 9 pontos.

Para quem se tornou ídolo de uma geração como Bia Bedran, que de 1987 a 1994 cantou e musicou histórias infantis no programa Canta Conto, da antiga TVE, há uma dificuldade dos pensadores da TV em saber quem é a criança contemporânea. "Estreei quando já havia Xuxa e desenhos na TV. E fiquei no ar por sete anos. Hoje a internet mudou os hábitos das crianças, mas não as crianças", pondera Bia. Já a apresentadora Eliana, a primeira a levar um programa infantil educativo a uma emissora comercial - na época o SBT - também defende que é só apresentar mais qualidade às crianças que elas absorvem. "Elas assistem aos desenhos porque é só isso que oferecem. Para atraí-las não é preciso grandes produções. Falta criatividade", afirma Eliana.

Em meio a tantos compromissos com índices de audiência, TV Cultura e TV Brasil são as únicas alternativas de um conteúdo de mais qualidade. "É claro que audiência é importante. Mas na Cultura o público infantil não vê pancadaria ou incentivo ao consumismo ", decreta Âmbar Barros, diretora do núcleo infanto-juvenil da TV Cultura. A partir de 2009, a emissora anunciou que não terá mais publicidade em meio à sua programação infantil. Já a TV Brasil pretende investir pesado nas animações brasileiras, no próximo ano. "O Brasil exporta mão-de-obra nessa área e as emissoras nunca deram bola. A TV pública faz um contraponto à mercantilização da infância, que impera nas emissoras comerciais", critica Leopoldo Nunes, diretor de programação da TV Brasil.

Especialistas no assunto

Os canais de TV a cabo especializados em produção infantil descobriram o caminho das pedras para chamar a atenção das crianças. A maioria ainda conta com uma boa parte da produção importada. Mas a existência de uma programação mais personalizada já começa a destacar a grade de alguns, como é caso do Discovery Kids. "A personalização que fazemos dá um tempero especial à nossa programação. Até na hora da dublagem de um desenho, temos extremo cuidado na escolha das vozes, por exemplo", explica André Rossi, gerente de programação do canal. Na avaliação dele, as crianças brasileiras parecem um pouco mais precoces se comparadas ao restante da América Latina. E, de uma maneira geral, seus conhecimentos são mais maduros do que em décadas passadas. "Eu via Daniel Azulay aos 9 anos. Hoje a nossa série Mister Maker, que segue o mesmo padrão, é vista por crianças de 2 a 5 anos", compara André.

Jimmy Leroy, vice-presidente da Nickelodeon, não arrisca fazer comparações entre crianças de diferentes partes do mundo. Mas afirma com segurança: "Em qualquer país elas gostam de ação, humor e boas histórias", simplifica Jimmy. Ao enfatizar que o canal se baseia muito em pesquisas sobre os hábitos e o universo familiar, Jimmy diz ainda que as séries já são um boom entre as crianças, além da novela que eles exibem às 19:30 h de segunda a sexta, Karku, uma Galera Atrevida.

No Brasil, a TV Rá-Tim-Bum é o primeiro canal a cabo que produz conteúdo exclusivamente infantil. Seu diferencial está na grade totalmente montada com programas nacionais. Começou com programas de sucesso da TV Cultura, mas hoje já tem uma programação própria bem diversificada. Resgatou, inclusive, o Vila Sésamo. "E a animação brasileira é a bola da vez. Em 2009, vamos estrear uma por mês", adianta Mauro Garcia.

Instantâneas

# No início de 2009, Ziraldo estréia o Ziraldão na TV Brasil. O programa apresentado pelo cartunista contará com platéia, terá concurso de desenhos e divulgará a produção de literatura para jovens.
# Para Daniel Azulay, que também fez sucesso na TV ensinando as crianças a fazer brinquedos com sucata, é preciso identificar a criança brasileira, e não só oferecer um monte de desenhos enlatados. "Nunca fiz nada violento na TV e sei que influenciei muita gente", resume ele.
# No dia 12 de outubro, a TV Cultura exibe uma edição especial do programa Cambalhota, das 9h às 13h30min.
# Até o dia 31 de outubro, a TVA estará com o sinal de todos os seus canais para crianças abertos, mesmo para quem não assina o bloco infantil.

TV Press

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